terça-feira, 17 de abril de 2012

Diógenes, o "cão"


Diógenes de Sínope, o "cão".

Certa vez Platão descreveu Diógenes como “um Sócrates que ficou louco”. Embora a intenção fosse em forma de insulto, não está longe da verdade. Diógenes compartilhou da paixão pela virtude e da rejeição ao conforto material de Sócrates, mas levou essas ideias ao extremo. Ele argumentava que, para levar uma vida virtuosa, ou que valesse a pena viver, era necessário libertar-se das restrições externas impostas pela sociedade e do descontentamento interno causado pelo desejo, pela emoção e pelo medo. Isso podia ser conseguido, segundo ele, por quem fosse feliz vivendo uma vida simples, governada pela razão e por impulsos naturais, rejeitando sem pudor as convenções e renunciando ao desejo por propriedade e conforto. Diógenes foi o primeiro de um grupo de pensadores conhecidos que se tornaram conhecidos como cínicos, termo extraído do grego kynikos, que significa “parecido com cão”. Ele refletiu a determinação dos cínicos em desprezar todas as formas de hábito social e etiqueta e, em vez disso, viver num estado tão natural quanto possível: Diógenes encarou uma vida de extrema pobreza, tendo como abrigo apenas um barril (ânfora) velho. Os cínicos asseguravam que quanto maior o despojamento, mais próximo estaríamos de viver uma vida ideal. A pessoa mais feliz (ou que “tem mais”, na frase de Diógenes) é, por consequência, alguém que vive de acordo com os ritmos do mundo natural, livre das convenções e dos valores da sociedade civilizada e “se satisfaz com o mínimo”. (O Livro da Filosofia)  

terça-feira, 3 de abril de 2012

[FILOSOFIA] Sócrates


segunda-feira, 2 de abril de 2012

[FILOSOFIA] Nicolau Maquiavel


[FILOSOFIA] Hobbes, Locke e Rousseau [CONTRATUALISMO]


[ÉTICA E CIDADANIA] O Analfabeto Político - Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, do aluguel,
dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e enche o peito
dizendo que odeia a política.

Não sabe o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais


Bertolt Brecht - dramaturgo e poeta alemão (1898 - 1956)