domingo, 24 de junho de 2012

Aristóteles e a mediania


Justo é o caminho do meio. Trabalhamos o tema da justiça e, para nos auxiliar na resolução de problemas práticos, convocamos o velho Aristóteles, famoso e importante filósofo grego. Segue abaixo pequeno trecho da sua ideia sobre a justiça ser o meio termo entre o excesso e a falta.

"[...] a virtude diz respeito às paixões e ações em que o excesso é uma forma de erro, assim como a carência, ao passo que o meio termo é uma forma de acerto digna de louvor; e acertar e ser louvada são características da virtude. Em conclusão, a virtude é uma espécie de mediania, já que, como vimos, ela põe a sua mira no meio termo.

Por outro lado, é possível errar de muitos modos (pois o mal pertence à classe do ilimitado e o bem à do limitado, como supuseram os pitagóricos), mas só há um modo de acertar.

Por isso, o primeiro é fácil e o segundo difícil – fácil errar a mira, difícil acertar o alvo. Pelas mesmas razões, o excesso e a falta são característicos do vício, e a mediania da virtude:
Pois os homens são bons de um modo só, e maus de muitos modos.

A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática.

E é um meio termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e paixões, a virtude entrar e escolhe o meio termo.

E assim, no que toca à sua substância e à definição que lhe estabelece a essência, a virtude é uma mediania; com referência ao sumo bem e ao mais justo, é, porém, um extremo."

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A teoria dos três poderes


Desde a Antiguidade, vários filósofos e pensadores se desdobram nas formas de organização do poder político. Muitos destes se preocupavam com a investigação de uma forma de equilíbrio em que o poder não se mantivesse sustentado nas mãos de uma única pessoa ou instituição. Já nessa época, as implicações de um governo de feições tirânicas ou autoritárias preocupavam as mentes daqueles que voltavam sua atenção ao terreno político. 

Entre os séculos XVII e XVIII, tempo de preparação e desenvolvimento do movimento iluminista, o teórico John Locke (1632 – 1704) apontava para a necessidade de divisão do poder político. Vivendo em plena Europa Moderna, esse pensador estava sob o domínio do governo absolutista. Em tal contexto, observamos a figura de um rei capaz de transformar as suas vontades em lei e sustentar a validade das mesmas através de justificativas religiosas.

Algumas décadas mais tarde, Charles de Montesquieu (1689 – 1755) se debruçou no legado de seu predecessor britânico e do filósofo grego Aristóteles para criar a obra “O Espírito das Leis”. Neste livro, o referido pensador francês aborda um meio de reformulação das instituições políticas através da chamada “teoria dos três poderes”. Segundo tal hipótese, a divisão tripartite poderia se colocar como uma solução frente aos desmandos comumente observados no regime absolutista.

Mesmo propondo a divisão entre os poderes, Montesquieu aponta que cada um destes deveriam se equilibrar entre a autonomia e a intervenção nos demais poderes. Dessa forma, cada poder não poderia ser desrespeitado nas funções que deveria cumprir. Ao mesmo tempo, quando um deles se mostrava excessivamente autoritário ou extrapolava suas designações, os demais poderes teriam o direito de intervir contra tal situação desarmônica.

Neste sistema observamos a existência dos seguintes poderes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. O Poder Executivo teria como função observar as demandas da esfera pública e garantir os meios cabíveis para que as necessidades da coletividade sejam atendidas no interior daquilo que é determinado pela lei. Dessa forma, mesmo tendo várias atribuições administrativas em seu bojo, os membros do executivo não podem extrapolar o limite das leis criadas.

Por sua vez, o Poder Legislativo tem como função congregar os representantes políticos que estabelecem a criação de novas leis. Dessa forma, aos serem eleitos pelos cidadãos, os membros do legislativo se tornam porta-vozes dos anseios e interesses da população como um todo. Além de tal tarefa, os membros do legislativo contam com dispositivos através dos quais podem fiscalizar o cumprimento das leis por parte do Executivo. Sendo assim, vemos que os “legisladores” monitoram a ação dos “executores”.

Em várias situações, podemos ver que a simples presença da lei não basta para que os limites entre o lícito e o ilícito estejam claramente definidos. Em tais ocasiões, os membros do Poder Judiciário têm por função julgar, com base nos princípios legais, de que forma uma questão ou problema sejam resolvidos. Na figura dos juízes, promotores e advogados, o judiciário garante que as questões concretas do cotidiano sejam resolvidas à luz da lei.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

terça-feira, 19 de junho de 2012

Os Pré-socráticos


“TRÊS FILÓSOFOS DE MILETO”

O primeiro filósofo de que temos notícia é Tales, da colônia grega de Mileto, na Ásia Menor. Ele viajava freqüentemente. Diz-se que, certa vez, teria medido a altura de uma pirâmide no Egito, medindo a sombra da pirâmide no momento em que a sua própria sombra estava tão alta como ele. Além disso, conseguiu prever um eclipse do Sol no ano 585 a.C.

Para Tales, a água era a origem de todas as coisas. Não sabemos exatamente o que ele queria dizer com isto. Talvez quisesse dizer que toda a vida começa na água - e que toda a vida se torna de novo água quando se inicia a degradação. Quando esteve no Egito, viu certamente como os campos ficavam férteis quando o Nilo abandonava as terras que constituíam o seu delta. Talvez tenha visto também como as rãs e os vermes surgiam à luz do sol depois de ter chovido.

Além disso, é provável que Tales se tenha questionado quanto ao modo como a água se pode tornar gelo e vapor – e de novo água. Afirma-se que Tales disse que "tudo está cheio de deuses". Apenas podemos avançar hipóteses sobre a interpretação desta frase. Talvez tivesse pensado que a terra era a origem de tudo, desde as flores e as sementes, até às abelhas e baratas. Tinha chegado à conclusão de que a terra estava cheia de pequenos "gérmenes da vida" invisíveis. O que é certo é que não estava a pensar nos deuses homéricos.

O filósofo seguinte de que temos conhecimento é Anaximandro, que viveu igualmente em Mileto. Para ele, o nosso mundo é apenas um dos muitos que nascem de algo e perecem em algo que ele denominou o infinito. É difícil dizer o que queria significar com o termo infinito, mas sabemos que não pensava, ao contrário de Tales, numa substância totalmente determinada. Talvez quisesse dizer que aquilo, a partir do qual tudo é criado, tem de ser completamente diferente de tudo o que é criado. E visto que tudo o que é criado é finito, tudo o que lhe é anterior ou posterior tem de ser infinito. É claro que o elemento primordial não podia ser, assim, simples água.

Um terceiro filósofo de Mileto era Anaxímenes (cerca de 570-526 a. C.). Para ele, o ar era o elemento primordial de todas as coisas. Anaxímenes conhecia, naturalmente, a teoria de Tales sobre a água. Mas de onde surge a água? Para Anaxímenes, a água era ar condensado. Nós sabemos que, ao chover, a água é condensada a partir do ar. Quando a água é ainda mais condensada, torna-se terra, segundo Anaxímenes. Talvez tivesse visto que, quando o gelo se derrete, "expele" terra e areia. De modo análogo, pensava que o fogo era ar rarefeito. Segundo Anaxímenes, a terra, a água e o fogo tinham origem no ar. A passagem da terra e da água às plantas no campo não era demorada. Talvez Anaxímenes pensasse que a terra, o ar, o fogo e a água tivessem de existir para que pudesse nascer vida. Mas o verdadeiro ponto de partida era o ar. Ele partilhava, portanto, a concepção de Tales, segundo a qual um elemento primordial estava na origem de todas as transformações na natureza.

“TUDO FLUI”

“Heráclito”, contemporâneo de Parmênides, era originário de Éfeso na Ásia Menor (aproximadamente 540-480 a.C.). Segundo ele, as transformações constantes eram a verdadeira característica da natureza. Podemos dizer que Heráclito confiava mais nas impressões dos sentidos do que Parmênides. "Tudo flui", segundo Heráclito. Tudo está em movimento, e nada dura eternamente. Por isso, não podemos "entrar duas vezes no mesmo rio". Porque quando entro no rio pela segunda vez, tanto eu como o rio estamos mudados.
Heráclito explicou, também, que o mundo é caracterizado por contrários constantes. Se nunca estivéssemos doentes, não compreenderíamos o que é a saúde. Se nunca tivéssemos fome, não gostaríamos de comer. Se nunca houvesse guerra, não saberíamos apreciar a paz, e se nunca fosse Inverno, não saberíamos quando chega a Primavera. Tanto o bem como o mal ocupam um lugar necessário no todo, dizia Heráclito. Sem o jogo permanente entre contrários, o mundo terminaria. "Deus é o dia e a noite, o Inverno e o Verão, a guerra e a paz, a saciedade e a fome", dizia. Ele utiliza aqui a palavra "Deus", mas não se refere aos deuses de que falam os mitos. Segundo Heráclito, Deus - ou o divino - é algo que abrange tudo. Sim, Deus está patente justamente na natureza, que é contraditória e está em
transformação constante. Em vez do termo "Deus", Heráclito usa freqüentemente a palavra grega “logos”, que significa razão. Mesmo que nós, homens, não pensemos sempre de modo igual ou não tenhamos o mesmo bom-senso, tem de haver uma espécie de "razão universal", que governe tudo o que acontece na natureza. Esta razão universal - ou "lei universal" – é comum a todos, e todos os homens se devem orientar por ela. No entanto, a maior parte deles vive segundo a sua própria razão particular, segundo Heráclito. Com efeito, ele não tinha uma idéia muito positiva do seu próximo. As opiniões da maior parte dos homens eram, para ele, "brinquedos de crianças". Em todas as transformações e contradições da natureza, Heráclito via uma unidade ou totalidade. Aquilo que está na origem de tudo, era designado por ele "Deus", ou “logos”.


XENÓFANES

Por volta do ano 700 a.C., “Homero” e “Hesíodo” escreveram grande parte dos mitos gregos. Esse fato criou uma situação completamente nova. Uma vez que os mitos estavam escritos, era possível falar acerca deles. Os primeiros filósofos gregos criticaram a mitologia homérica porque, para eles, os deuses eram demasiado semelhantes aos homens. Na verdade, eram tão egoístas e de tão pouca confiança como nós. Pela primeira vez na história da humanidade se afirmou que os mitos eram apenas fruto da imaginação do homem. Encontramos um exemplo desta crítica aos mitos no filósofo “Xenófanes”, que nasceu em aproximadamente 570 a.C. Segundo ele, os homens tinham criado os deuses à sua própria imagem: "Mas os mortais julgam que os deuses nasceram e têm aspecto exterior, voz e figura igual à sua... Os Etíopes imaginam os seus deuses negros e com o nariz chato, os Trácios, por sua vez, imaginam-nos ruivos e de olhos azuis... Se as vacas, os cavalos ou os leões tivessem mãos e pudessem pintar e criar obras como os homens, os cavalos pintariam os seus ídolos semelhantes a cavalos, as vacas semelhantes a vacas e criariam as figuras iguais a si." Nesta época, os Gregos fundaram muitas cidades-estado na Grécia e nas suas colônias da Itália meridional e da Ásia Menor. Aí, os escravos executavam todo o trabalho físico, e os cidadãos livres podiam dedicar-se à política e à cultura. Com estas condições de vida, a maneira de pensar dos homens mudou: cada indivíduo podia colocar a questão de como a sociedade devia ser organizada. Do mesmo modo, podia também colocar perguntas filosóficas, sem ter de recorrer aos mitos tradicionais. Dizemos que se deu um desenvolvimento de um modo de pensar mítico para um gênero de reflexão baseada na experiência e na razão. O objetivo dos primeiros filósofos gregos era encontrar explicações naturais para os fenômenos da natureza.

DEMÓCRITO

Aqui estou de novo, Sofia. Hoje vou falar sobre o último grande filósofo da natureza. Chamava-se Demócrito (aproximadamente 460-370 a.C.) e vinha da cidade portuária de Abdera, a norte do Mar Egeu. Se conseguiste responder à pergunta acerca das peças do Lego, não te será difícil compreender o projeto deste filósofo.
Demócrito concordava com os seus predecessores ao afirmar que as transformações observáveis na natureza não significavam que algo se alterasse realmente. Admitiu, portanto, que tudo tinha de ser composto de elementos pequenos e invisíveis, eternos e imutáveis. Demócrito designava estas pequenas partículas por átomos. O termo "átomo" significa "indivisível". Para Demócrito, era fundamental afirmar que aquilo a partir do qual tudo é formado não pode ser dividido em partes cada vez menores. Se os átomos pudessem ser constantemente divididos em partes cada vez menores, a natureza teria começado a fluir como uma sopa cada vez mais líquida. Os elementos constitutivos da natureza tinham ainda de se conservar eternamente - porque nada pode nascer do nada. Nisto, Demócrito estava de acordo com Parmênides e os eleatas. Além disso, os átomos eram sólidos e compactos. Mas não podiam ser iguais. Porque se os átomos fossem iguais, não teríamos uma explicação válida para o fato de poderem ser combinados de modo a formarem tudo, desde papoulas e oliveiras à pele de cabra e cabelo humano. Existe uma quantidade infinita de átomos diferentes na natureza segundo Demócrito. Alguns são redondos e lisos, outros são irregulares e curvos. E precisamente porque têm formas tão diversas, podem ser combinados para formarem corpos completamente diversos. Mesmo sendo numerosos e diferentes, todos são eternos, imutáveis e indivisíveis. Quando um corpo – por exemplo, uma árvore ou um animal - morre e entra em decomposição, os seus átomos dispersam-se e podem ser utilizados de novo em novos corpos. Os átomos movem-se no espaço vazio e agregam-se para formar as coisas que vemos à nossa volta. E agora já percebes o que eu queria dizer com as peças do Lego? Elas possuem mais ou menos as propriedades que Demócrito atribuiu aos átomos, e precisamente por isso se pode construir tão bem com elas. Em primeiro lugar, são indivisíveis. São diferentes em forma e em tamanho, são sólidas e impenetráveis. Além disso, as peças do Lego têm "ganchos", com os quais podem ser encaixadas umas nas outras; por isso podem ser transformadas em todas as figuras possíveis. Esta combinação pode ser mais tarde desfeita e depois construírem-se novos objetos a partir das mesmas peças.

E foi justamente o fato de poderem ser sempre usadas de novo que tornou o Lego tão popular. Uma e a mesma peça de Lego pode fazer hoje parte de um carro, e amanhã de um palácio. Além disso, é possível dizer que as peças do Lego são "imortais". As crianças de hoje podem brincar com as mesmas peças com que os seus pais brincaram quando ainda eram pequenos.

É claro que também podemos construir objetos de barro. Mas o barro nem sempre pode ser reaproveitado, pois se desfaz em partes cada vez menores, até se reduzir a pó. E estas minúsculas partículas de argila não podem ser reunidas para formar novos objetos. Hoje, podemos quase afirmar que a teoria de Demócrito estava certa. A natureza é de fato formada por diversos átomos, que se combinam uns com os outros e se separam de ovo. Um átomo de hidrogênio que está numa célula na extremidade do meu nariz pertenceu, outrora, à tromba de um elefante. Um átomo de carbono do meu miocárdio esteve já na cauda de um dinossauro. Hoje em dia, a ciência descobriu que os átomos se dividiam em "partículas elementares" ainda menores. A essas partículas elementares chamamos prótons, nêutrons e elétrons. E talvez estas se deixem dividir em partículas ainda menores. Mas os físicos concordam em afirmar que tem de haver um limite. Têm de existir as partículas menores a
partir das quais a natureza é formada. Demócrito não tinha acesso aos aparelhos eletrônicos do nosso tempo. O seu único instrumento era a razão. Mas a razão não lhe deixava nenhuma alternativa. Se aceitarmos que nada se pode alterar, que nada surge do nada e que nada desaparece, nesse caso a natureza tem de ser formada por elementos constitutivos minúsculos que se combinam e se separam uns dos outros. Demócrito não tinha em conta uma "força" ou um "espírito" que interviesse nos processos naturais. As únicas coisas que existem, segundo ele, são os átomos e o espaço vazio. Dado que ele só acreditava no que é "material", denominamo-lo materialista. Nos movimentos dos átomos não há uma finalidade consciente. Isso não significa que tudo o que acontece seja ao "acaso", porque tudo segue as leis constantes da natureza. Demócrito achava que tudo o que acontece tem uma causa natural, uma causa que reside nas próprias coisas. Teria dito um dia que preferia descobrir uma lei da natureza a tornar-se rei da Pérsia. Segundo Demócrito, a teoria atomista esclarecia também as nossas “sensações”. A percepção que temos de alguma coisa deve-se ao movimento dos átomos no vazio. Quando vejo a lua, o que acontece é que os "átomos lunares" atingem o meu olho. E a “alma”? Não pode ser constituída por átomos, por "coisas" materiais? Para Demócrito a alma era constituída por "átomos de alma" redondos e lisos. Quando um homem morre, os átomos da alma dispersam-se em todas as direções e podem dar vida a outra alma.
Isto significa que o homem não possui uma alma imortal.
Este é um pensamento partilhado hoje por muitas pessoas. Acreditam, como Demócrito, que a alma está ligada ao cérebro, e que não podemos ter nenhuma forma de consciência quando o cérebro se decompõe. Com a sua teoria atomista, Demócrito pôs um ponto final provisório na filosofia da natureza grega. Estava de acordo com Heráclito quando pensava que, na natureza, tudo flui; porque as formas vêm e vão. Mas por detrás de tudo o que flui, há algo eterno e imutável que não flui: os átomos, segundo Demócrito.

Durante a leitura, Sofia espreitava freqüentemente pela janela para verificar se o misterioso autor das cartas aparecia junto à caixa do correio. Nesse momento, olhava fixamente para a rua, enquanto refletia sobre o que tinha lido. Segundo Sofia, Demócrito pensara de um modo simples e genial. Ele encontrara a solução para os problemas do "elemento primordial" e do "devir". Esta questão era tão complicada que os filósofos tinham trabalhado muito nela durante várias gerações.

Por fim, Demócrito resolvera todo o problema, tendo usado simplesmente a sua razão. Sofia quase se riu. Tinha de ser verdade que a natureza era formada por partículas minúsculas que nunca se alteravam. Ao mesmo tempo, Heráclito tinha razão em afirmar que todas as formas na natureza "fluem", porque todos os homens e animais morrem, e mesmo uma montanha se desagrega lentamente. No entanto essa montanha é constituída por partículas pequenas e indivisíveis que nunca se quebram. Demócrito colocara novas questões. Por exemplo, afirmara que tudo acontece de uma forma mecânica. Não aceitava a idéia de forças espirituais na existência - ao contrário de Empédocles e Anaxágoras. Além disso, Demócrito não acreditava que o homem tivesse uma alma imortal. Poderia ela ter a certeza de que ele tinha razão nesse aspecto? Não estava tão segura disso. Mas ela também estava apenas no início do seu curso de filosofia.

Download do livro completo aqui.

Acompanhe Pitágoras em vídeo:



domingo, 3 de junho de 2012

[ÉTICA] Responsabilidade e sustentabilidade: História das coisas



Após ver o vídeo, responda:


1 - Por que o atual sistema de economia de materiais é considerado "insustentável"?
2 - Quais as etapas desse sistema?
3 - Quais os principais problemas de cada etapa?
4 - Qual a possível solução para cada etapa?
5 - Que estratégia a industria utiliza para que os objetos "envelheçam" mais rápido?
6 - O que é consumo consciente?
7 - Por que, segundo o filme, a reciclagem não é suficiente?
8 - O que é uma economia sustentável?