terça-feira, 18 de setembro de 2012

[FILOSOFIA] - Parmênides de Eléia


PARMÊNIDES DE ELÉIA

Retirado de O Mundo de Sofia.


Os três filósofos de Mileto acreditavam num – e apenas num elemento primordial, a partir do qual todas as outras coisas eram criadas. Mas como poderia uma substância transformar-se de repente e tornar-se uma coisa completamente diferente? Podemos designar este problema pelo problema do devir (vir-a-ser).
A partir de aproximadamente 500 a.C. viveram na colônia grega de Eléia, na Itália  meridional, alguns filósofos, e estes "eleatas" tratavam destes problemas. O mais conhecido de entre eles era Parmênides (aproximadamente 540-480 a.C.).
Parmênides acreditava que tudo o que existe, existiu sempre. Esta idéia estava bastante difundida entre os Gregos. Tinham  como evidente que tudo o que há no mundo existiu desde sempre. Do nada, nada pode nascer, pensava Parmênides. E nada do que existe pode tornar-se nada.  Mas Parmênides foi mais longe que a maior parte dos outros.
Para ele, não era possível nenhuma verdadeira transformação. Uma coisa só se pode transformar naquilo que já é. Parmênides não tinha dúvidas de que na natureza se dão constantemente transformações. Os seus sentidos apercebiam-se do devir das coisas. Mas não conseguia fazer coincidir o que os seus sentidos registravam com o que a razão lhe dizia. Quando foi obrigado a decidir se devia confiar nos sentidos ou na razão, decidiu-se pela razão. Conhecemos a frase: "Só acredito naquilo que vejo."
Mas Parmênides nem sequer acreditava no que via. Pensava que os sentidos nos forneciam uma imagem falsa do mundo, uma imagem que não coincidia com o que a razão diz aos homens. Enquanto filósofo, encarava a sua tarefa como o desmascarar de todas as formas de "ilusões sensoriais".  Esta forte confiança na razão humana é designada “racionalismo”. Um racionalista é uma pessoa que tem uma grande confiança na razão humana, como fonte do nosso conhecimento sobre o mundo.  

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